Via ICTQ
Escrito por Wandy Ribeiro
Um grupo de farmacêuticos e pesquisadores do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveu uma lente de contato capaz de liberar medicamentos, como antibióticos, antifúngicos e anestésicos diretamente sobre a córnea (parte externa do olho), fazendo com que o tratamento aplicado no paciente seja mais eficaz.
O produto recebeu o nome de ‘Lentes de Contato Oftálmicas Terapêuticas Produzidas com Hidrogéis para Veiculação de Fármaco’. A descoberta é considerada tão promissora que o estudo já rendeu um pedido de depósito de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
De acordo com a farmacêutica e uma das pesquisadoras do estudo, Fábia Julliana Jorge de Souza (foto), a descoberta pode ser utilizada em várias terapias: “Essas lentes de contato podem ser usadas no tratamento de diversas doenças oculares, tais como conjuntivite, glaucoma e ceratite fúngica. O que define é a medicação incorporada à lente de contato oftálmica”, explicou ela ao G1.
Além de Fábia, a equipe desenvolvedora da lente de contato oftálmica é formada pelos farmacêuticos: Eryvaldo Sócrates Tabosa do Egito; Francisco Alexandrino Júnior; Éverton do Nascimento Alencar e Lucas Amaral Machado. O estudante de Farmácia, Joerbson Medeiros de Paula, também participou da pesquisa.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), quase 80% das causas de deficiência visual são evitáveis ou curáveis. No entanto, cerca de 285 milhões de pessoas apresentam alguma variação desse problema nos olhos. Atualmente, cerca de 90% dos medicamentos existentes no mercado farmacêutico estão disponíveis para o uso oftálmico em forma de colírio, entretanto, estima-se que apenas 1% a 5% da dose aplicada nos pacientes seja absorvida.
Nesse sentido, os farmacêuticos e pesquisadores da UFRN comentam a baixa adesão dos tratamentos à base de colírio. “Estudos mostram que até metade dos pacientes não pingam as gotas nos olhos nos horários indicados, principalmente, devido à dificuldade da operação ou por não ter alguém em casa para aplicar. Um estudo publicado no Journal of Glaucoma revelou este dado: nove em cada dez pacientes com glaucoma não foram capazes de administrar corretamente o colírio. O uso incorreto do medicamento é responsável por agravar a doença em 65% dos pacientes”, explicou a equipe, segundo matéria publicada no G1.
Por fim, o grupo de pesquisadores destaca que o início do processo de patenteamento abre a possibilidade para esse produto, desenvolvido no Laboratório de Sistemas Dispersos (Lasid) da UFRN, firmar parcerias com indústrias farmacêuticas interessadas na utilização e lançamento das lentes, possibilitando assim, a melhoria no tratamento de vários pacientes que sofrem com doenças oculares em todo território nacional e no mundo.
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