Jornal da USP

Com indícios de novas pandemias para as próximas décadas, especialistas, como Ester Sabino, acreditam que é importante aprender com o que já foi feito contra a covid-19

A chegada do coronavírus exigiu a mobilização de esforços em nível global, como era de se esperar em uma pandemia. Desafios que ameaçam a humanidade há mais tempo que a covid-19 poderiam se beneficiar do desenvolvimento em tempo recorde de vacinas, por exemplo. O tema foi discutido na 4ª Conferência Fapesp 60 anos: Desafios à Saúde Global.

“Temos que nos preparar cada vez mais para a possibilidade de novas pandemias”, afirma a professora Ester Sabino, pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP, lembrando que a devastação ambiental que vem acontecendo pode facilitar o contato entre seres humanos e novos vírus. “É muito importante que essa pandemia nos dê a ideia de como pode ser custoso a gente não trabalhar e prevenir as novas pandemias.”

Sendo as pandemias problemas globais, a colaboração de cientistas a em nível mundial é um passo importante para enfrentar esse tipo de obstáculo. Como resultado, o desenvolvimento veloz de vacinas possibilitou que a continuidade da pandemia fosse atenuada. Ester explica que o sequenciamento do genoma, feito por cientistas, contribuiu para que o vírus fosse mais bem conhecido e que vacinas fossem mais rapidamente desenvolvidas.

Ainda assim, o sinal de alerta permanece. Pela novidade, o coronavírus ainda pode proporcionar novos conhecimentos, principalmente em relação à proteção que as vacinas proporcionam. “É importante que a população seja vacinada em massa e mantenha as camadas de proteção, com máscara e distanciamento, até que a gente tenha certeza que a transmissão caiu bastante”, aponta Ester, lembrando das ameaças de variantes mais contagiosas, como a Delta.






Ter saber é ter saúde.