ONU NEWS – A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que os casos de Covid-19 na África ultrapassaram os 3 milhões e os números diários são superiores aos do pico da primeira onda.

O continente também está lidando com novas variantes do vírus. Segundo a OMS, medidas de saúde pública são cada vez mais críticas para evitar um aumento descontrolado de infecções que podem levar os hospitais ao colapso.

Evolução

Entre 28 de dezembro do ano passado e 10 de janeiro, foi registrada uma média de cerca de 25 mil casos diários, um valor 39% superior ao do pico de julho.

A estimativa é de que esses números subam nos próximos dias à medida que as pessoas retornam de viagens e reuniões realizadas durante as férias de Natal e Ano Novo, em dezembro.

Os casos na região estão aumentando de forma constante desde meados de setembro, com um aumento mais acentuado no final de novembro.

Variantes

Além disso, uma nova variante do vírus, chamada 501Y.V2, está circulando na África do Sul, sendo responsável pela maioria das novas infecções durante a segunda onda. A variante também foi encontrada no Botswana, Gâmbia e Zâmbia.

Segundo a OMS, as mutações são previsíveis, porque quanto mais a pandemia se espalha, maior a probabilidade de mudanças.

Uma análise preliminar mostra que a nova variante é mais transmissível, mas não há indicações de que aumente a gravidade da doença. Investigações mais profundas estão sendo realizadas.

Em comunicado, a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, disse que “mesmo que a nova variante não seja mais potente, um vírus que se espalha mais facilmente coloca ainda mais pressão em hospitais e profissionais de saúde que, em muitos casos, já estão sobrecarregados.”

Segundo ela, “este é um lembrete gritante de que o vírus é implacável, que ainda representa uma ameaça manifesta e que nossa guerra está longe de ser ganha.”

A Nigéria também está realizando mais investigações sobre uma nova variante. Por enquanto, não existem relatos de que a variante que surgiu no Reino Unido esteja em circulação na região africana.

Esforços

Com o apoio da OMS, os países africanos estão aumentando os esforços de sequenciamento do genoma, que são essenciais para encontrar e compreender estas novas variantes.

A agência também desenvolveu orientações para contenção e está ajudando os países a transportar amostras com segurança para sequenciamento e análise.

Apesar do progresso, o continente realizou pouco mais de 5 mil sequenciamentos até o momento, cerca 2% do total feitos no mundo.

Matshidiso Moeti disse que “para derrotar um inimigo ágil, adaptável e implacável, deve se conhecer e compreender cada um de seus movimentos e redobrar o que funciona melhor contra todas as variantes.”

Segundo ela, os países devem “persistir com as medidas comprovadas que ajudaram a deter a propagação do vírus durante a primeira onda, como distanciamento físico, lavagem das mãos e uso de máscaras em espaços públicos.”

Créditos da imagem: Banco Mundial/Henitsoa Rafalia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 






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